quinta-feira, 13 de maio de 2010

PODCAST - Brasileirão 2010

Hoje, no nosso segundo podcast, eu vou falar um pouco sobre cada integrante da Série A de 2010 e as minhas apostas para o campeão do campeonato, os classificados para libertadores e os rebaixados. Espero que vocês gostem!





sábado, 8 de maio de 2010

HOMEM DE FERRO 2 - Crítica

Quando se vai ao cinema para ver a continuação de um filme médio, espera-se que os produtores tenham enxergado os erros que cometeram no original, os corrijam e consequentemente se superem na sequencia. Assim aconteceu com filmes bastantes conhecidos, como as duas franquias de Batman, tanto a dos anos 90 sob a direção de Tim Burton - onde vimos um bom "Batman", mas um impagável "Batman - O Retorno" - quanto a atual, no comando de Christopher Nolan - onde temos um "Batman Begins" completamente diferente do que se esperava desde a pavorosa direção de Joel Schumacher nos últimos dois filmes da franquia antiga, e logo em seguida nos deparamos com o perfeito "Batman - O Cavaleiro das Trevas". Então, fui bastante motivado assistir "Homem de Ferro 2" no cinema, esperando ver uma projeção muitíssimo mais envolvente do que a sua antecessora. Para minha surpresa, ao sair da sala do cinema eu saí tão desapontado, que não encontrei nenhum elemento que tenha feito valer a pena ter saído do conforto do meu lar, para ter ido ver um filme tão horrível quanto este. A prova disso é que pela primeira vez em toda minha vida, eu consegui dormir nos minutos iniciais de um filme no cinema.

O filme é completamente mal explicado. Muitas das ocorrências ficam sem justificativa aparente, como por exemplo, na cena em que James Rhodes - cuja atuação de Don Cheadle foi na minha opinião, bastante parecida com a de Terence Howard em "Homem de Ferro" - resolve subitamente invadir o laboratório de Tony Stark e roubar um protótipo de armadura visto na primeira parte, objetivando unicamente censurar as atitudes do amigo em uma festa, na qual o protagonista estava totalmente fora de seu juízo perfeito - ainda que seja estranho considerar que Stark tenha algum - gerando no fim das contas uma cena de ação forçada, na tentativa de entreter o público com os chamativos efeitos especiais.

Outro fator que me incomodou muito durante a sessão foi decisão do diretor Jon Fraveau pela utilização frenética de barulhos mecânicos. A cada milímetro que uma armadura se mexe ouvimos um som cibernético exageradamente alto. Ainda que fosse necessário incluí-los no filme, não precisava ser de forma tão frequente e barulhenta como podemos perceber. Chega a ser, de fato, irritante.

Há ainda ocorrências que fogem completamente da realidade - ainda que baixemos nossa tolerância para verossimilihança por se tratar de um filme de super-herói onde a ficção predomina - como na primeira cena de ação do filme, no autódromo de Mônaco, onde Pepper Potts consegue carregar, na forma de uma maleta comum, uma armadura constituída basicamente de titânio. E o pior: ela consegue lançá-la ao alto, para que chegue nas mãos de Tony Stark, com uma facilidade impressionante.

Apesar de todos esses erros e de outros, o elenco bem que tenta levar o filme nas costas. Robert Downey Jr., protagonista, compõe o seu personagem de forma magnífica, com o talento que lhe é peculiar, como podemos confirmar desde seu primeiro trabalho em "Chaplin" em meados da década de 1990. Downey Jr. é com certeza um dos mais talentosos atores da atualidade em Hollywood, mas que é passível de ser prejudicado por uma produção tão ridícula quanto esta. Com certeza, um desperdício. Outra atuação que merece destaque é a de Mickey Rourke, no papel de Chicote Negro - ou Wiplash, no nome original. Talvez a escolha por outro ator que não fosse este, poderia tornar o filme uma porcaria maior do que já é. Rourke encarna um homem cujos transtornos psicológicos são evidentes em sua fisionomia. Ainda assim, seu personagem consegue ser tão inativo, quanto Venom em "Homem Aranha 3" resultando em outro desperdício. Don Cheadle e Gwenneth Paltrow não comprometem, mas estão longe de serem merecedores de elogios. Atuações completamente comuns, bastante semelhantes às de Brandon Routh em "Superman Returns" como o protagonista, ou de Sam Worthington em "Avatar", na mesma condição. Entretanto, não há interpretação mais ridícula do que a de Samuel L. Jackson no papel de Nick Fury, porque foge completamente da composição original desse personagem, quando vemos um homem carrancudo e sempre muito sério. Neste filme, porém vemos um homem sagaz e todo extrovertido que ao que parece, tem como esporte tirar sarro de Tony Stark. Até a Viúva Negra, vivida pela escultural Scarlett Johanson se assemelha mais ao Nick Fury original, do que Samuel L. Jackson neste que é um de seus piores trabalhos.

Talvez haja alguns acertos por parte da produção, como por exemplo a decisão por cenas de luta feitas sem a utilização massiva dos recursos técnológicos das armaduras, levando os lutadores a se enfrentarem manualmente. Ou então as muitas referências feitas a outros super-heróis da Marvel, já que podemos ver na projeção o escudo do Capitão América, ou o martelo do Thor. Mas nem esses elementos são capazes de fazer valer a pena o dinheiro do ingresso de qualquer espectador.

Para todo aquele que for ao cinema ansioso por ver um "Homem de Ferro 2" empolgante e com muito mais ação, ou conteúdo do que o primeiro, eu sugiro que reduza ao máximo esta espectativa. Desde que foi lançado em 2008, "Homem de Ferro" surgiu para mim como mais uma tentativa barata de tentar ganhar dinheiro com o nome da Marvel através de uma reputação que foi construída por filmes brilhantes, como "Homem Aranha", "Homem Aranha 2" e "X-Men", e assim sendo, não representou pra mim nada além do que um filme comum. Porém, depois desta penosa experiência da qual fui submetido recentemente, o primeiro filme desta franquia vira um blockbuster de primeira categoria. Total desperdício de tempo, dinheiro e paixão pelos filmes baseados em super-heróis, cuja fonte de qualidade parece estar se esgotando.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

LIBERTADORES - O Timão está fora!

2010.

O ano em que o sonho se transformaria em realidade. Cem anos de uma gloriosa existência, que não era perfeita unicamente por um detalhe ausente. Uma estrela que falta na constelação alvi-negra. O brilho que o torcedor fiel ainda não viu.
2010 seria o ano em que a lacuna no coração do corintiano se preencheria. Seria um marco, uma demonstração de planejamento e organização. Era a hora do Corinthians inaugurar uma nova estante na sua sala de troféus. Era hora de que quebrar o tabu e faturar de uma vez a tão ambicionada Libertadores da América!

Foi uma primeira fase impecável. Foram seis jogos, cinco vitórias e um empate. O melhor primeiro colocado do torneio. Isso lhe deu o privilégio de jogar com o pior segundo colocado da competição, que viria a ser o algoz de uma nova tragédia: o baleado Flamengo.

O espetáculo, então estava armado! Os dois clubes donos das duas maiores torcidas do Brasil iriam se confrontar em duas das mais importantes partidas da história dos dois times. E assim aconteceu.

Primeiro jogo. Maracanã. A chuva tomou conta do Rio de Janeiro e do jogo. Assim sendo, impossibilitou o brilho individual das duas equipes. Ronaldo: Péssimo! Adriano: Terrível! Ambos não se encontraram e pouco contribuiram para seus times! Ainda sim, o time da Gávea se sobressaiu porque conseguiu marcar um gol de pênalti pelos pés do Imperador. Uma glória que não lhe era merecida. E desde aquele jogo, já vinha se destacando o pivô da desgraça corinthiana. Vágner Love já deu dor de cabeça para William e Chicão naquela ocasião. Mas enfim, o jogo terminou assim: 1 a 0 para os donos da casa.

Segundo jogo. Pacaembu. A noite estava perfeita. A desclassificação do vergonhoso Palmeiras na Copa do Brasil, minutos antes do começo do jogo, era um tempero especial que abrilhantaria a eventual classificação corintiana. Tudo estava pronto para a explosão da alegria preta e branca. E logo no começo o Corinthians abriu o placar com um gol contra de David. Os corações estavam mais leves. Mas ainda faltava algo. Aquele gol e somente aquele os levaria para um destino ainda muito angustiante: a decisão nos pênaltis. Era preciso mais! Era preciso que Ronaldo aparecesse! E ele apareceu! Cruzamento perfeito de Dentinho e cabeçada certeira do Fenômeno! Gol do Corinthians! A classificação estaria selada! Transbordava a alegria. O Pacaembu estava brilhante! Entretanto o Timão esqueceu de jogar bola a partir daí. Eis que Vágner Love penetra na área depois de uma grande triangulação iniciada por Juan e Kléberson e coloca entre as pernas do goleiro Felipe, que retornava de lesão.

Angústia. Desespero. Aflição. O êxtase corintiano transformou-se em ansiedade. A equipe tentou. A torcida apoiou. Mas Mano Menezes errou! E errou feio quando optou por sacar Jorge Henrique e Elias do time e ainda promover a estreia do assustado Paulinho. Aí, o Corinthians perdeu-se em campo. Passes errados e tentativas frustadas iam eliminando aos poucos o fôlego do torcedor que cantava sem parar. Até que o pior som que podia surgir no meio daquela batalha dissipou a fé alvi-negra. O som do apito inidicando o fim do jogo decretava que o Corinthians estava fora da Libertadores de 2o1o!!

Lágrimas. Dor. Desespero. Decepção. Sentimento semelhante ao ano do rebaixamento do Corinthians, a três anos atrás.

E no final das contas, um planejamento iniciado no final de 2007, investimentos pesados em jogadores e uma expectativa implantada no inocente torcedor fiel cairam por terra. Encerra-se a esperança. Uma centena de anos sem o que mais se desejava. Cessa a ansiedade. Terminou mais uma vez a Libertadores para o Corinthians.