A quase um mês atrás, dia 11 de junho, iniciava-se a disputa pela realização de um sonho que era dividido por 32 times. Por 32 nações! Estava aberta a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
No decorrer do campeonato, tivemos algumas surpresas. Favoritas como Itália e França foram eliminadas na primeira fase. Vimos na primeira fase também o sofrimento dos anfitriões, que foram desclassificados. Assistimos a euforia de seleções como Japão, Gana, México e Uruguai se sobressaírem ao futebol europeu, e garantirem vaga na fase eliminatória. Foi aí também, que acompanhamos a ascensão de seleções que após um desempenho mais que satisfatório, solidificou seu nome no grupo dos "favoritos". A Argentina de Maradona, foi considerada por muitos a campeã. Que erro terrível! Mal sabiam que a Argentina era tão vulnerável quanto qualquer outra seleção de porte menor. A Holanda, que "honrava" o continente europeu, venceu todas as suas partidas e se classificou com 9 pontos incontestáveis. A Fúria, a Espanha, assustou no começo, perdendo pra modesta Suíça, mas depois, na obrigação de conter lágrimas espanholas precoces, bateu seus outros dois adversários e se garantiu nas oitavas juntamente com o Chile. Aqui, o nosso país parou por três vezes, mas somente dois deles valeram a pena. A massa brasileira se mobilizou para ver uma vitória opaca contra a Coréia do Norte (2 a 1), outra brilhante e brigada contra a Costa do Marfim (3 a 1) e um empate que servia como alerta contra a seleção de Portugal (0 a 0). Entretanto, tudo isso serviu para que garantíssemos o privilégio de jogar contra a interessante seleção chilena nas oitavas. O jogo foi fácil demais: 3 a 0 Brasil. O povo se encheu de esperança. Ainda mais porque em seguida pegaríamos nossos tradicionais "fregueses": A Holanda, derrotada em 1994, 1998 e outras ocasiões por esse mesmo Brasil. Seria mais uma vez, a hora do Brasil. Mas não foi isso que aconteceu. De virada os holandeses adiaram por mais quatro anos o sonho do hexa. 2 a 1 para os europeus.
Essa Copa também foi marcada por decepções individuais. Lionel Messi (ARG), Cristiano Ronaldo (POR), Kaká (BRA), Wayne Rooney (ING), Ribery e Thiery Henry (FRA) e Danielle De Rossi (ITA) decepcionaram as suas torcidas porque jogaram muito menos do que se esperava. Destaque negativo - e põe negativo nisso - para Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney que não jogaram rigorosamente nada!
Em contrapartida, grandes nomes brilharam nesta Copa. David Villa, da Espanha e Robben e Sneijder, da Holanda concorrem seriamente ao prêmio de craque da Copa. Outros também são merecedores de muitos elogios. Diego Forlán e Diego Lugano carregaram a seleção uruguaia até as semi-finais. Gyan representou a seleção de Gana com muita personalidade - apesar de ter perdido um pênalti que poderia ter levado a sua seleção a uma inédita semi-final. Müller, Klose, Özil e Lucas Podolski encheram os olhos dos alemães até serem eliminadas pela bem organizada Espanha.
Passou-se um mês desde o início. As duas seleções mais bem preparadas se enfrentam em uma final que nunca havia acontecido antes. A Holanda tem uma nova oportunidade de conquistar o título. Depois de perder duas finais, a laranja mecânica pode finalmente desencantar. Do outro lado, a Espanha luta para afugentar de vez a fama de "pipoqueira" e ganhar um título inédito, coroando um projeto que se iniciou no longínquo 2002, quando foram escalados jogadores jovens (Iker Casillas, Carles Puyol) para que se ganhasse experiência, chegando em 2010 pronto para faturar a Copa do Mundo. Quem vence? A Laranja Mecânica ou a Fúria Espanhola.
Meu palpite:
Espanha 2x1 Holanda
Seja qual for o resultado, esta Copa foi marcada por jogos recheados de pura adrenalina e emoção, aonde os mínimos detalhes decidiram os finalistas. Acabou mais uma vez o maior evento desportivo do mundo inteiro. Agora, começa uma nova espera e uma nova preparação, para daqui a quatro anos, ser a nossa vez de organizar e mandar numa Copa. A torcida e as seleções se reencontram na Copa do Mundo de 2014, no nosso Brasil.
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